Aqui estão alguns sites vinculados para o Enem que são bons para o bom desenvolvimento dos aspectos abordados em tal prova.
http://blogdoenem.com.br/
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http://guiadoestudante.abril.com.br
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Gabarito dos exercicios I
Gabarito:
1. -//-
2. a) S = 240 + 12u
b) 39 unidades
c) D(f) = [0, infinito)
Im(f) = [240, infinito)
3. a) m = 13 - 0,5t
c) 26 dias
4. a) F = 1,8C + 32
b) F = 98,6º
c) C = -6,7º
5. a) PA = 4 + 0,75d
PB = 3 + 0,90d
b) Táxi A: a partir de 6,7 km
Táxi B: Até 6,7 km
6.a) Plano A: f(x) = 20x + 140
Plano B: g(x) = 25x + 110
b) Para que o plano A seja mais econômico:
g(x) > f(x)
25x + 110 > 20x + 140
25x – 20x > 140 – 110
5x > 30
x > 30/5
x > 6
Para que o Plano B seja mais econômico:
g(x) < f(x)
25x + 110 < 20x + 140
25x – 20x < 140 – 110
5x < 30
x < 30/5
x < 6
Para que eles sejam equivalentes:
g(x) = f(x)
25x + 110 = 20x + 140
25x – 20x = 140 – 110
5x = 30
x = 30/5
x = 6
O plano mais econômico será:
Plano A = quando o número de consultas for maior que 6.
Plano B = quando número de consultas for menor que 6.
Os dois planos serão equivalentes quando o número de consultas for igual a 6.
7. a) f(x) = 1,5x + 16
b) f(x) = 1,5x + 16
f(400) = 1,5*400 + 16
f(400) = 600 + 16
f(400) = 616
O custo para produzir 400 peças será de R$ 616,00.
8. f(x) = 0,9x + 4,5
f(22) = 0,9*22 + 4,5
f(22) = 19,8 + 4,5
f(22) = 24,3
O preço a pagar por uma corrida que percorreu 22 quilômetros é de R$ 24,30.
9. Venda = função receita
R(x) = 25 * x
Fabricação: função custo
C(x) = 6 * x + 4
Lucro = receita – custo
L(x) = 25x – (6x + 4)
L(x) = 25x – 6x – 4
L(x) = 19x – 4
Lucro líquido será determinado pela função: L(x) = 19x – 4.
Lucro na venda de 500 livros
L(500) = 19 * 500 – 4
L(500) = 9 496
O lucro obtido na venda de 500 livros é de R$ 9 496,00.
10. f(x) = 12% de x (valor das vendas mensais) + 800 (valor fixo)
f(x) = 12/100 * x + 800
f(x) = 0,12x + 800
f(450 000) = 0,12 * 450 000 + 800
f(450 000) = 54 000 + 800
f(450 000) = 54 800
O salário do vendedor será de R$ 54 800,00.
11. Letra e
1. -//-
2. a) S = 240 + 12u
b) 39 unidades
c) D(f) = [0, infinito)
Im(f) = [240, infinito)
3. a) m = 13 - 0,5t
c) 26 dias
4. a) F = 1,8C + 32
b) F = 98,6º
c) C = -6,7º
5. a) PA = 4 + 0,75d
PB = 3 + 0,90d
b) Táxi A: a partir de 6,7 km
Táxi B: Até 6,7 km
6.a) Plano A: f(x) = 20x + 140
Plano B: g(x) = 25x + 110
b) Para que o plano A seja mais econômico:
g(x) > f(x)
25x + 110 > 20x + 140
25x – 20x > 140 – 110
5x > 30
x > 30/5
x > 6
Para que o Plano B seja mais econômico:
g(x) < f(x)
25x + 110 < 20x + 140
25x – 20x < 140 – 110
5x < 30
x < 30/5
x < 6
Para que eles sejam equivalentes:
g(x) = f(x)
25x + 110 = 20x + 140
25x – 20x = 140 – 110
5x = 30
x = 30/5
x = 6
O plano mais econômico será:
Plano A = quando o número de consultas for maior que 6.
Plano B = quando número de consultas for menor que 6.
Os dois planos serão equivalentes quando o número de consultas for igual a 6.
7. a) f(x) = 1,5x + 16
b) f(x) = 1,5x + 16
f(400) = 1,5*400 + 16
f(400) = 600 + 16
f(400) = 616
O custo para produzir 400 peças será de R$ 616,00.
8. f(x) = 0,9x + 4,5
f(22) = 0,9*22 + 4,5
f(22) = 19,8 + 4,5
f(22) = 24,3
O preço a pagar por uma corrida que percorreu 22 quilômetros é de R$ 24,30.
9. Venda = função receita
R(x) = 25 * x
Fabricação: função custo
C(x) = 6 * x + 4
Lucro = receita – custo
L(x) = 25x – (6x + 4)
L(x) = 25x – 6x – 4
L(x) = 19x – 4
Lucro líquido será determinado pela função: L(x) = 19x – 4.
Lucro na venda de 500 livros
L(500) = 19 * 500 – 4
L(500) = 9 496
O lucro obtido na venda de 500 livros é de R$ 9 496,00.
10. f(x) = 12% de x (valor das vendas mensais) + 800 (valor fixo)
f(x) = 12/100 * x + 800
f(x) = 0,12x + 800
f(450 000) = 0,12 * 450 000 + 800
f(450 000) = 54 000 + 800
f(450 000) = 54 800
O salário do vendedor será de R$ 54 800,00.
11. Letra e
Seja a função N de R em R, definida por N(n)=na+b em que N(n) é o número de sacolas consumidas, em bilhões, n anos após 2007.
Do gráfico, temos que o valor inicial de
é


A taxa de variação da função
é dada por


Desse modo, segue que

Queremos calcular o número de sacolas consumidas em 2011, ou seja,

Portanto,

12. Precisamos calcular o preço m pago, em reais, compra de n quilogramas.
Sabendo que cada quilograma custa R$1,75 então para n quilogramas a função que representa o preço m do produto é:
m = 1,75.n
Ou seja, m é diretamente proporcional a n. Por exemplo, se dobrarmos a quantidade n de quilogramas então o preço m também irá dobrar. Percebemos que o aumento do preço será linear.
Logo o gabarito será letra E
Exercicios I - Funçoes de 1 grau
1- Faça os gráficos das seguintes funções:
a) y = 2x + 3 b) y = (-3x + 1)/2 c) y = –x
2- Em uma determinada loja, o salário mensal fixo de um vendedor é de R$ 240,00. Além disso, ele recebe R$ 12,00 por unidade vendida.
a) Expresse o ganho mensal (S) desse vendedor em função do número (u) de unidades vendidas.
b) Quantas unidades ele deve vender para receber um salário de R$ 700,00?
c) Determine o domínio e a imagem desta função.
3- Um botijão de cozinha contém 13 kg de gás. Sabendo que em média é consumido, por dia, 0,5 kg de gás:
a) Expresse a massa (m) de gás no botijão, em função do número (t) de dias de consumo.
b) Esboce o gráfico desta função.
c) Depois de quantos dias o botijão estará vazio?
4- A água congela a 0° C e a 32° F; ferve a 100° C e 212° F. A temperatura em graus Fahrenheit (F) varia linearmente com a temperatura em graus Celsius (C).
a) Expresse a temperatura em F em função de C e faça o gráfico desta função.
b) A temperatura do corpo humano não febril é de 37° C. Qual é esta temperatura em graus Fahrenheit?
c) A que temperatura, em graus Celsius, corresponde 20° F.
5- Dois táxis têm preços dados por:
Táxi A: bandeirada a R$ 4,00, mais R$ 0,75 por quilômetro rodado;
Táxi B: bandeirada a R$ 3,00, mais R$ 0,90 por quilômetro rodado.
a) Obtenha a expressão que fornece o preço de cada táxi (PA e PB) em função da distância percorrida.
b) Para que distâncias é vantajoso tomar cada táxi?
6- Uma pessoa vai escolher um plano de saúde entre duas opções: A e B.
Condições dos planos:
Plano A: cobra um valor fixo mensal de R$ 140,00 e R$ 20,00 por consulta num certo período.
Plano B: cobra um valor fixo mensal de R$ 110,00 e R$ 25,00 por consulta num certo período. Temos que o gasto total de cada plano é dado em função do número de consultas x dentro do período pré – estabelecido.
Vamos determinar:
a) A função correspondente a cada plano.
b) Em qual situação o plano A é mais econômico; o plano B é mais econômico; os dois se equivalem.
7- Na produção de peças, uma fábrica tem um custo fixo de R$ 16,00 mais um custo variável de R$ 1,50 por unidade produzida. Sendo x o número de peças unitárias produzidas, determine:
a) A lei da função que fornece o custo da produção de x peças;
b) Calcule o custo de produção de 400 peças.
8- Um motorista de táxi cobra R$ 4,50 de bandeirada mais R$ 0,90 por quilômetro rodado. Sabendo que o preço a pagar é dado em função do número de quilômetros rodados, calcule o preço a ser pago por uma corrida em que se percorreu 22 quilômetros?
9- O preço de venda de um livro é de R$ 25,00 a unidade. Sabendo que o custo de cada livro corresponde a um valor fixo de R$ 4,00 mais R$ 6,00 por unidade, construa uma função capaz de determinar o lucro líquido (valor descontado das despesas) na venda de x livros, e o lucro obtido na venda de 500 livros.
10- O salário de um vendedor é composto de uma parte fixa no valor de R$ 800,00, mais uma parte variável de 12% sobre o valor de suas vendas no mês. Caso ele consiga vender R$ 450 000,00, calcule o valor de seu salário.
11- (Enem 2ª aplicação 2010) As sacolas plásticas sujam florestas, rios e oceanos e quase sempre acabam matando por asfixia peixes, baleias e outros animais aquáticos. No Brasil, em 2007, foram consumidas 18 bilhões de sacolas plásticas. Os supermercados brasileiros se preparam para acabar com as sacolas plásticas até 2016. Observe o gráfico a seguir, em que se considera a origem como o ano de 2007.

De acordo com as informações, quantos bilhões de sacolas plásticas serão consumidos em 2011?
a) 4,0
b) 6,5
c) 7,0
d) 8,0
e) 10,0
12- (Enem 2011) As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por quilogramas, existindo também a variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que, independente da época ou variação de preço, certa fruta custa R$1,75 o quilograma. Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais pela compra de n quilogramas desse produto é
12- (Enem 2011) As frutas que antes se compravam por dúzias, hoje em dia, podem ser compradas por quilogramas, existindo também a variação dos preços de acordo com a época de produção. Considere que, independente da época ou variação de preço, certa fruta custa R$1,75 o quilograma. Dos gráficos a seguir, o que representa o preço m pago em reais pela compra de n quilogramas desse produto é
a)

b)

c)

d)

e)

domingo, 25 de janeiro de 2015
Paralelos e Meridianos (Geografia)

A junção de paralelos e meridianos forma uma rede de localização: as coordenadas geográficas
Os paralelos e meridianos são as linhas imaginárias traçadas ao longo da Terra, utilizadas em muitas funções cartográficas, principalmente no estabelecimento das coordenadas geográficas. Essas linhas são traçadas sobre o globo terrestre no sentido horizontal e vertical. Os paralelos formam círculos concêntricos, enquanto os meridianos formam semicírculos.
Confira o esquema a seguir:

Os meridianos posicionam-se na vertical, e os paralelos, na horizontal
Os paralelos são, pois, linhas imaginárias dispostas sobre o eixo do globo terrestre no sentido horizontal, formando círculos que são maiores na parte central, entre o norte e o sul, e menores nas proximidades dos polos. O maior e mais importante desses paralelos é a Linha do Equador por dividir o planeta em hemisfério norte (também chamado de Boreal e Setentrional) e hemisfério sul (chamado também de Austral e Meridional).
Alguns outros paralelos importantes por serem demarcações das diferentes posições da Terra em relação aos raios solares ao longo do ano são os trópicos de Capricórnio e de Câncer, além dos círculos polares Ártico e Antártico.

Alguns paralelos são importantes meios de demarcação das variações solares
Os paralelos possuem medidas específicas, chamadas delatitudes, que constituem a distância, em graus, de um dado paralelo em relação à Linha do Equador. Essa, por sua vez, possui latitude 0º.
Os meridianos são as linhas imaginárias dispostas verticalmente sobre o globo terrestre, formando semicírculos, ou seja, curvas que representam a metade de um círculo. Como todos os meridianos possuem o mesmo tamanho, não há diferenças técnicas entre um e outro, o que fez com que o meridiano principal fosse escolhido por meio de uma convenção realizada em Washington D.C. no final do século XIX. Nessa convenção, escolheu-se que a linha imaginária que atravessa a cidade de Londres, capital da Inglaterra e centro econômico da época, seria o meridiano principal, chamado de Meridiano de Greenwich, que é também o marco zero na medição dosfusos horários.

Linha traçada no Meridiano de Greenwich
Todo meridiano possui uma unidade de medida, chamada de longitude, que é a distância, em graus, entre qualquer meridiano e Greenwich, que possui longitude 0º. Tudo o que estiver a oeste dessa linha faz parte do hemisfério ocidental, e o que estiver a leste faz parte do hemisfério oriental.
O meridiano oposto a Greenwich, posicionado a 180º de longitude, dá origem à Linha Internacional de Mudança de Data, que delimita o fim de um dia e o início do outro. No entanto, essa linha traçada não obedece inteiramente às direções cartográficas, pois apresenta “curvas” para adaptar-se a alguns territórios e ilhas do Pacífico.
Os paralelos e meridianos, combinados entre si e com aslatitudes e longitudes, dão origem ao sistema de coordenadas geográficas, que é utilizado para definir qualquer ponto da superfície terrestre. Trata-se, portanto, de um preciso e importante método de localização geográfica.
Coordenadas Geograficas (Geografia)

Sistema de coordenadas geográficas: latitude e longitude
Coordenadas Geográficas são linhas imaginárias que cortam o planeta Terra nos sentidos horizontal e vertical, servindo para a localização de qualquer ponto na superfície terrestre.
A distância das coordenadas geográficas são medidas em graus, minutos e segundos. Um grau corresponde a 60 minutos, e um minuto corresponde a 60 segundos.
Dessa maneira, temos dois tipos de coordenadas geográficas:
Latitude: São as linhas que tracejam a Terra no sentido horizontal, também conhecidas como paralelas. O círculo máximo da esfera terrestre, na horizontal, é chamado de Equador. O Equador corresponde à latitude 0°, dividindo o planeta em hemisférios Norte e Sul. As latitudes variam de 0 a 90°, tanto ao Norte quanto ao Sul. A latitude, além de servir para localização geográfica, é uma variável importante para estudar os tipos de clima da Terra, pois a incidência de raios solares no planeta é maior nos lugares com latitudes menores, isto é, mais próximas à linha do Equador.
Longitude: São as coordenadas geográficas que cortam a Terra no sentido vertical, também conhecidas como Meridianos. A distância das longitudes varia de 0° a 180°, nos sentidos Leste e Oeste. Como padronização internacional, adotou-se o Meridiano de Greenwich como ponto de partida, a longitude de 0°. Assim, tal meridiano divide a Terra em Ocidental (a Oeste) e Oriental (a leste). Foi a partir das longitudes que se criaram os fusos horários. Todos os meridianos se encontram e se cruzam nos polos Norte e Sul.
Cartografia (Geografia)

Antigo mapa da América do Sul
A produção de mapas ocorre desde a pré-história, antes mesmo do surgimento da escrita. Sua confecção se dava em placas de argila suméria e papiros egípcios. Ao longo da história a cartografia foi evoluindo e desenvolvendo novas técnicas e, atualmente, é uma ferramenta de fundamental importância nas representações de áreas terrestres.
Conforme a Associação Cartográfica Internacional, a cartografia é definida como o conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, planos e outras formas de expressão, bem como sua utilização.
A cartografia é a junção de ciência e arte, com o objetivo de representar graficamente, em mapas, as especificidades de uma determinada área geográfica.
É ciência, pois a confecção de um mapa necessita de conhecimentos específicos para a representação de aspectos naturais e artificiais, aplicação de operações de campo e laboratório, metodologia de trabalho e conhecimento técnico para a obtenção de um trabalho eficaz.
A arte na cartografia está presente em aspectos estéticos, pois o mapa é um documento que precisa obedecer a um padrão de organização. Necessita de distribuição organizada de seus elementos, como: traços, símbolos, cores, letreiros, legendas, título, margens, etc. As cores devem apresentar harmonia e estar de acordo com sua especificação, exemplo, a cor azul em um mapa representa água.
O mapa é o principal objeto do cartógrafo, ele é uma representação convencional da superfície terrestre, e até de outros astros, como a Lua, Marte, etc. Apresenta simbologia própria e deve ser sempre objetivo, além de transmitir o máximo de precisão.
Existem vários modelos de mapas, entre eles podem ser citados: Mapa-múndi; mapas topográficos; mapas geográficos que representam grandes regiões, países ou contingentes; mapas políticos; mapas urbanos; mapas econômicos; cartas náuticas e aéreas; entre outros.
Governo de SP estuda novo aumento da tarifa de água, diz jornal
Governo de SP estuda novo aumento da tarifa de água, diz jornal
Embora a nova alta da tarifa seja tema de conversas de integrantes do governo e dirigentes da Sabesp, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) resiste à ideia

Represa do Jaguari, do sistema Cantareira, principal reservatório da Grande São Paulo (Nilton Cardin/Folhapress)
Diante do agravamento da crise hídrica em São Paulo, o governo do Estado já estuda novo aumento da tarifa de água em abril, além de sobretaxa maior para os que elevarem o consumo. As informações são do jornalFolha de S. Paulo. Embora a nova alta da tarifa seja tema de conversas de integrantes do governo e dirigentes da Sabesp, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) resiste à ideia, uma vez que a conta de água foi reajustada em dezembro em 6,49%.
Os que defendem o novo aumento, segundo o jornal, alegam que os reajustes em anos anteriores também ocorreram em abril – com exceção de 2014, quando foi anaunciado apenas depois das eleições. A medida ajudaria não apenas a inibir o consumo, como a repor as perdas da Sabesp com a falta d'água: a empresa deve deixar de arrecadar 1,5 bilhão de reais com as medidas adotadas para minimizar os efeitos da crise, como a concessão de bônus a quem economiza água.
Alckmin pediu a técnicos da Sabesp que estudem novas medidas para conter o problema. Uma das ações em estudo é o endurecimento da sobretaxa para quem elevar o consumo, informa a reportagem. Procurada pelo jornal, a Sabesp não se manifestou oficialmente.
As ações financeiras seriam complementares a outras medidas analisadas pelo governo do Estado, como a ampliação da vazão da represa Billings para o sistema interligado de fornecimento de água da Grande São Paulo. A intenção do governo é aumentar o fornecimento de água a partir dos outros sistemas para poupar o Cantareira, que é o manancial mais prejudicado pela crise hídrica. A retirada de água do Cantareira, como determinado pela Agência Nacional de Águas (ANA), já foi reduzida de 33 m3/s para 17 m3/s.
Revista Veja, Brasil, 23/01/2015
Comerciantes de São Paulo sofrem com falta d'água e reclamam de pouca informação
Comerciantes de São Paulo sofrem com falta d'água e reclamam de pouca informação
Racionamento, restrição hídrica, diminuição da pressão, rodízio. São muitos os nomes que se pode dar para o desabastecimento em razão da crise hídrica em São Paulo. Mas a realidade, cada vez mais frequente na vida do paulistano, é uma só: está faltando água nas torneiras. “Tem dias que não tem água de manhã, tem dia que não tem à tarde e tem dia que falta o dia todo”, relatou Iélia Barbosa, auxiliar administrativo de um restaurante na Vila Madalena, bairro nobre da zona oeste paulistana. Comerciantes entrevistados pela Agência Brasil contam como têm driblado o problema da falta d'água e o que têm feito para reduzir o consumo.
No restaurante administrado por Iélia, a saída tem sido a caixa d'água. “Ela é suficiente para um dia. Já tivemos que comprar água. Usamos a da caixa para limpeza e a mineral para cozinhar”, declarou. Ela aponta que isso aumenta o custo das refeições, mas, por enquanto, o acréscimo não está sendo repassado para a clientela. De acordo com a Companhia Estadual de Saneamento Básico (Sabesp), a torneiras vazias não têm relação com racionamento, trata-se de uma diminuição de pressão da rede de distribuição. Os horários em que falta água, portanto, não são conhecidos. “Era melhor que tivesse uma agenda com os dias que vai ter e não vai ter”, propôs a auxiliar.
O geólogo Pedro Luiz Côrtes, professor da área ambiental da Universidade de São Paulo (USP) e do Mestrado em Gestão Ambiental da Universidade Nove de Julho, avalia que é fundamental manter a população informada. “A informação chega a conta-gotas. Isso é péssimo porque aumenta a insegurança sobre o que vai acontecer. Esta é uma crise que poderia ter sido minimizada se a população tivesse sido avisada com antecedência”, apontou. Ele defende que o governo estadual apresente à sociedade um plano com os cenários com os quais está trabalhando para a crise, o planejamento para cada um deles, como deve se dar a recuperação dos mananciais e as alternativas para o abastecimento.
Desde dezembro do ano passado, o desabastecimento é frequente no salão da cabeleireira Angelita Miranda, na Vila Madalena. “A gente não pode fazer química, porque precisa de mais água. A gente deixa de atender algumas clientes”, relatou ela que trabalha no local há 30 anos. Os tratamentos que requerem mais água sá são feitos quando ela verifica que tem água suficiente. “Já tive que fazer permanente, que é um trabalho difícil, com pouca água. Sem previsão do que daria de resultado. A gente não pode deixar transparecer para o cliente”, relembrou. Para reduzir o consumo, ela passou a acumular as toalhas do salão para colocar juntas na máquina.
Também na zona oeste, no bairro Alto de Pinheiros, o lava-jato de Rodrigo Tavares enfrenta dificuldades com redução de 40% da clientela. “As pessoas deixaram de levar e aumentaram o prazo das lavagens. A frequência era em torno de 15 dias e agora aumentou para mais de 40”, informou. No estabelecimento, uma placa indica que não se usa água da Sabesp na lavagem dos carros. “Se não desse essa informação, o movimento ia cair mais ainda. Estamos na crise há seis meses”, completou. Cerca de 70% da água do lava-jato é de reúso, tratada por um sistema montado no próprio local. A água nova é retirada de um poço artesiano. Tavares precisou demitir três funcionários e aumentou em 14% o valor da lavagem.
Na zona leste, a lanchonete de Halisson Parente precisou fechar as portas uma vez por causa da falta d'água. “Já teve dias que a gente não estava preparado e faltou [água] o dia inteiro. O jeito foi deixar para o outro dia”, relatou. O estabelecimento, na Avenida Paes de Barros, na Mooca, funciona diariamente das 7h às 21h, mas todos os dias, a partir das 14h, o que sustenta o abastecimento é a caixa d'água. “Antes faltava a partir das 18h. Faz um tempo que vem racionando, mas agora, faz uns 20 dias, que às 14h para”, declarou. Para economizar, ele deixou de lavar o bar semanalmente. “Agora é só uma vez por mês e sem mangueira, é com balde”, informou.
O cenário é o mesmo na região central da cidade. A lavanderia de Manoel Matos está, pela primeira vez, terceirizando serviços. “Eu mando fazer serviço fora para lavar cobertor, edredons. Mando fazer lavagem a seco”, apontou o proprietário que trabalha há 38 anos no mesmo local. Ele conta que tem uma clientela cativa, mas está encontrando dificuldades para atender no prazo que fazia anteriormente. “Antes entregava com três dias, agora, são cinco, sete dias”, relatou. De acordo Matos, a situação piorou nos últimos 15 dias. “A água não está mais subindo para a caixa d'água. Não tem força. Estou pegando água com a mangueira aqui de baixo [da rua]”, declarou.
Especialistas dizem que crise de falta de água era cenário anunciado
Especialistas dizem que crise de falta de água era cenário anunciado
Prof. Martinez diz que alerta já havia sido feito em outubro de 2014. Já o pesquisador Motta ressalta que ONU fala da questão desde 2007. G1 23/01/2015
A falta de chuva diminui drasticamente os níveis dos reservatórios de água no Brasil. Na Região Central de Minas Gerais, este é o mês de janeiro mais quente desde 1910. No país, os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram um corte no abastecimento de energia na última segunda-feira (19). A redução foi determinada pelo operador nacional do sistema. Segundo o professor de engenharia hidráulica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em planejamento de sistemas energéticos Carlos Barreira Martinez, este cenário era anunciado e começou em outubro do ano passado, mas foi mascarado por questões eleitorais.
O professor do Departamento de Biologia Geral da UFMG Ricardo Motta concorda com Martinez, e acrescenta que cientistas da Organização das Nações Unidas (ONU) alertaram sobre o problema em 2007. Na época, a instituição afirmava que a Região Sudeste do país, assim como outras do mundo, como a Califórnia, nos Estados Unidos, iriam sofrer a crise atual. “Tempo suficiente para o governo brasileiro tomar medidas, por exemplo, de mudança da nossa matriz energética”, critica Motta.
Para os professores, o que se pode fazer no momento atual é tentar diminuir o consumo de água. Apesar disso, eles alertam que a situação vai se agravar ainda mais. ”Nós vamos ter uma redução também no nível de produção industrial. Nós vamos ter diminuição de produção industrial, agrícola, e de empregos. E nós vamos ter um sistema em que os preços vão subir”, diz Carlos Barreira. “Nós vamos ter uma crise realmente muito séria. Vai haver desabastecimento de água, de energia. E se você está achando que a situação está difícil agora, espere até março para ver o que vai acontecer”; prevê o especialista.
De acordo com o professor, o modelo do sistema elétrico brasileiro ele é equivocado; problema que se arrasta há 20 anos. A questão ambiental, no entanto, não é descartada pelos professores da UFMG. Conforme eles citam, esta é uma questão global, vivida em todo o planeta. Mas o agravamento do quadro ocorre por motivos políticos. “Hoje, no Brasil, você faz todas as suas ações pensando exclusivamente na eleição do dia seguinte. Se isso não for mudado, se não houver uma reforma nesse país, nós vamos viver de crise em crise”, afirma o professor de engenharia hidráulica.
A previsão é de que a situação de racionamento dure de dois a três anos, segundo Martinez. Já Motta fala em um período mais longo: quatro a cinco anos para que a situação volte ao normal, se houver chuvas em quantidade suficiente. De acordo com a análise do doutor em planejamento de sistemas energéticos, depois desse período, a situação deve ser equilibrada naturalmente, mas é precisar revisar as políticas estruturais no setor, a fim de evitar que a população enfrente outras crises.
“Toda a crise e toda mudança na sociedade, ela é precedida por uma mudança ambiental. Porque quando você tem abundância de recursos, você não muda nada. Você continua tocando o sistema da forma como ele vinha. Ele funciona. Agora, com a escassez, nós vamos ter que repensar como fazer isso”, afirma Carlos. E Ricardo Motta reforça: “É a primeira grande crise que a população vai enfrentar. E isso vai ser um processo de aprendizado, de governo, de sociedade civil, para superar isso aí”.
“Toda a crise e toda mudança na sociedade, ela é precedida por uma mudança ambiental. Porque quando você tem abundância de recursos, você não muda nada. Você continua tocando o sistema da forma como ele vinha. Ele funciona. Agora, com a escassez, nós vamos ter que repensar como fazer isso”, afirma Carlos. E Ricardo Motta reforça: “É a primeira grande crise que a população vai enfrentar. E isso vai ser um processo de aprendizado, de governo, de sociedade civil, para superar isso aí”.
sábado, 24 de janeiro de 2015
Substâncias Orgânicas (Biologia)
Substâncias orgânicas

Desempenham um papel fundamental na vida dos animais e
das plantas como fonte de energia e unidades estruturais dentro das células.
1. Carboidratos
Conhecidos
como hidratos de carbono ou glicídios;
Representam
cerca de 1% do total da composição celular, sendo mais abundantes nos vegetais;
São
formados por átomos de C, H, O e, algumas vezes, se associam a outras
substâncias como proteínas (glicoproteínas);
Os
animais obtêm os carboidratos pela ingestão de alimentos ricos nesses
compostos, como os vegetais.
Funções:
Primeira
fonte de energia;
Estrutural
(celulose e quitina).
Classificação: são
classificados pelo número de monômeros que os constituem.
Monossacarídeos:
apresentam estrutura simples, possuindo uma fórmula geral Cn(H2O)n
em que “n” pode variar de 3 a 7.
Os monossacarídeos são classificados pelo número de
átomos de carbono presentes na molécula. Trioses, tetroses, pentoses, hexoses.
Os mais importantes são as pentoses e as hexoses.
Pentoses: C5H10O5
ribose que forma o RNA e a desoxirribose que forma o DNA.
Hexoses: C6H12O6
Glicose
–
produto direto da fotossíntese é a fonte primária de energia para todas as
células vivas. Ela é encontrada naturalmente como componente do mel, no suco de
diversas frutas e no plasma do sangue.
Frutose –
presente nas frutas.
Galactose –
presente no leite.
Os monossacarídeos entram na composição
de inúmeros oligossacarídeos e polissacarídeos.
Oligossacarídeos: são
formados pela junção de 2 a 10 moléculas de monossacarídeos unidos por ligações
glicosídicas e com perda de uma molécula de água. São cristalinos, solúveis em
água, com sabor doce. Os de maior freqüência são os dissacarídeos, formados
pela união de 2 monômeros de hexoses.
Dissacarídeos:
C12H22O11
. Todos com função energética.
Sacarose:
união da glicose + frutose. Presente na cana-de-açúcar e na beterraba.
Lactose:
união da glicose + galactose. Presente no leite.
Maltose:
união da glicose + glicose. Conhecida como açúcar de cereais maltados.
Polissacarídeos: resultam
da união de muitos monômeros de hexose com a correspondente perda de moléculas
de água. Diferenciam-se entre si pelo tipo de monossacarídeo constituinte, seu
número na cadeia, seu grau de ramificação e o tipo de ligação glicosídica.
Formam grandes moléculas com fórmula geral (C6H10O5 )n.
Podem ser polissacarídeos de reserva energética ou com função estrutural.
Curiosidade
Os
animais não podem absorver a sacarose para ser aproveitada, necessitando de
hidrólise pela sacarase (invertase), assim glicose e frutose são rapidamente
absorvidas pelas células do intestino.
A
maltase localizada no intestino hidrolisa a maltose em 2 moléculas de glicose.
A lactose,
presente no leite, é hidrolisada pela lactase, presente na mucosa intestinal e
bastante abundante em crianças em fase de amamentação.
Reserva energética:
Amido –
encontrado nos vegetais. É formado por 1400 moléculas de glicose, e encontra-se
concentrado em certos órgãos, como caules (batata inglesa), raízes (mandioca) e
sementes (milho, trigo).
Glicogênio –
principal fonte de reserva energética dos animais é constituído por
aproximadamente 30.000 moléculas de glicose. É encontrado armazenado
principalmente em órgãos como o fígado e os músculos.
Estrutural:
Celulose
– encontrado nos vegetais. É o polissacarídeo mais abundante na natureza,
contendo aproximadamente 50% de todo o carbono orgânico. Encontrado na parede
celular e outras estruturas de sustentação dos vegetais. Contém cerca de 4.000
moléculas de glicose.
Quitina – A
quitina associada a proteínas constitui o exoesqueleto de animais, como
insetos, crustáceos e outros.
2. Lipídios
Apresentam
insolubilidade na água e solubilidade nos solventes orgânicos (éter e
clorofórmio);
Representam
de 2% a 3% da composição total das células;
É
mais abundante em animais do que em vegetais;
Nos
vegetais ficam armazenados principalmente em frutos e sementes (soja, oliva,
amendoim, castanhas, milho, girassol,...);
Nos
animais superiores, encontram-se armazenados na forma de triglicerídeos em
células especiais denominadas de adipócitos, formando o tecido conjuntivo
adiposo;
Podem
ser sintetizados a partir de carboidratos ou proteínas;
Apresentam
alto valor calorífico;
São
formados pela união de ácidos graxos e álcoois.
Funções:
Estrutural
ou plástica: construção das membranas;
Reserva
energética: quando não há disponibilidade de glicose, as células têm como outra
opção oxidar moléculas de lipídios para a liberação de energia; (2ª fonte de
energia)
Isolante
térmico;
Função
hormonal: os hormônios sexuais e da supra-renal têm constituição lipídica;
Isolante
elétrico: na condução do impulso nervoso;
Impermeabilizante:
como por exemplo, a cutina que reveste a epiderme de determinados órgãos
vegetais.
Classificação:
Simples:
formados apenas por moléculas de C, H e O
Glicerídeos:
Óleos e gorduras. Em temperatura em torno de 20ºC, mostram-se pastosos, como as
gorduras, ou líquidos, como os óleos. Possuem papel energético e isolante.
Principalmente em aves e mamíferos, ocorre um depósito gorduroso sob a pele
(panículo adiposo), que, além de atuar como reserva energética, também fornece
isolamento térmico impedindo perda de calor. Alguns mamíferos típicos de
regiões frias, como os ursos polares e as raposas do Ártico, apresentam esta
camada especialmente desenvolvida para permitir a sobrevivência em temperaturas
negativas de até 40ºC.
Cerídeos:
Ceras. Os frutos e folhas apresentam uma fina camada de cera em suas
superfícies, impermeabilizando-as para dificultar a desidratação. Alguns
insetos, como as abelhas, também produzem cerídeos.
Esteróides: São
exemplos de esteróides: A testosterona (hormônio testicular), a progesterona
(hormônio ovariano) e os hormônios das glândulas supra-renais (cortisona) e o
colesterol, (componente das membranas celulares e precursor da síntese de
outros esteróides, como a vitamina “D”).
Compostos:
além dos componentes do lipídio simples, ocorrem também os átomos de fósforo
(P) e nitrogênio (N). Os fosfolipídios que ocorrem nas membranas celulares
apresentam radicais fosfato associados a lipídios. Os esfingolipídios
abundantes no sistema nervoso apresentam-se ligados à átomos de nitrogênio.
3. Proteínas
Composto
orgânico de maior diversidade de funções biológicas;
Depois
da água é o componente mais abundante nas células (7% a 15%);
São
polímeros formados pela união dos aminoácidos,
através de ligações peptídicas com perda de água.
Funções:
Enzima:
catálise da quebra ou formação de ligações covalentes
Proteína
estrutural: oferece suporte mecânico para células e tecidos
Proteínas
transportadoras: transportam pequenas moléculas ou íons
Proteína-motriz:
Gera movimento nas células e tecidos
Proteína
de reserva: armazena pequenas moléculas ou íons
Proteína
sinalizadora: transmite sinais de uma célula à outra
Proteína
receptora: utilizada pelas células para detectar sinais e transmiti-los para a
maquinaria celular de resposta
Proteína
regulatória de genes: liga-se ao DNA para ligar ou desligar genes
Proteínas
para fins especiais: altamente variável
Aminoácidos: são
ácidos orgânicos também chamados de peptídios. São as subunidades formadoras das
proteínas ou polipeptídios. Existem 20 tipos de aminoácidos na natureza:
alanina, arginina, ácido aspártico, ácido glutâmico, valina, leucina, lisina,
isoleucina, serina, treonina, cisteína, cistina, metionina, glicina,
hidroxilisina, hidroxiprolina, fenilalanina, tirosina, histidina e triptofano.
Estrutura de um aminoácido: todos
apresentam uma estrutura semelhante, com um carbono central ligado a um radical
amina, um radical carboxila, um hidrogênio e um radical R (cadeia lateral), que
é diferente para cada um dos 20 aminoácidos.
Ligação peptídica: ocorre
entre dois aminoácidos por meio de uma ligação entre o radical amina de um
aminoácido e o radical carboxila (ou ácido) do outro aminoácido, com liberação
de uma molécula de água.
Os
aminoácidos podem ser divididos em três categorias:
·
Naturais:
aminoácidos que o organismo é capaz de sintetizar;
·
Semi-essenciais:
aminoácidos
que o organismo produz em pequena quantidade;
·
Essenciais:
aminoácidos
não produzidos pelo organismo, são provenientes da alimentação.
Curiosidade
Nem todas as proteínas apresentam os
20 tipos de aminoácidos. Além disso, o número de aminoácidos entre as proteínas
varia muito. A insulina, por exemplo, é uma molécula formada por 51 aminoácidos
e a hemoglobina, por 574. Portanto, duas proteínas podem se diferenciar quanto
ao número de aminoácidos, quanto aos tipos de aminoácidos e pela seqüência dos
mesmos.
Classificação das proteínas
·
Simples: formadas apenas por aminoácidos. Ex:
anticorpos ou imunoglobulinas
·
Conjugadas ou complexas: apresentam, além dos
aminoácidos, um radical prostético (não protéico). Ex: lipoproteínas.
Ligação peptídica
Estrutura das proteínas:
Estrutura primária: corresponde a
uma seqüência linear de aminoácidos. É o nível mais importante na estrutura da
molécula, uma vez que as estruturas seguintes estão condicionadas ao
ordenamento dos aminoácidos neste cordão. Exemplo: um exemplo da importância
biológica da seqüência dos aminoácidos pode ser observado na doença hereditária
chamada anemia falciforme, na qual se produzem profundas alterações funcionais
em conseqüência da substituição de apenas um aminoácido na molécula de
hemoglobina.
Estrutura
secundária: além das ligações peptídicas entre os aminoácidos, estabelecem-se
pontes de hidrogênio entre os radicais, de modo que a proteína adquire forma de
a
hélice, outras proteínas, ou parte delas, exibem uma estrutura denominada folha
pregueada b,
quando a molécula adota a configuração semelhante a uma folha de papel
pregueada. Isso ocorre quando grupos carboxila e grupos amino, de uma mesma
cadeia polipeptídica, se unem lateralmente por meio de pontes de hidrogênio.
Estrutura
terciária: corresponde à distribuição espacial e tridimensional de todos os
átomos da proteína. São relações entre aminoácidos distantes na seqüência
linear (estrutura primária). É uma estrutura altamente compacta e enovelada,
determinada pelos grupos “R”. Esta estrutura vai se consolidando logo após a
biossíntese da proteína e corresponde a sua forma ativa. De acordo com o tipo
de dobra adotada, geram-se proteínas fibrosas ou proteínas globulares. As
primeiras se formam a partir de proteínas (ou de segmentos protéicos) com
estrutura secundária exclusivamente do tipo a
hélice. As segundas, podem ser formadas tanto a partir de a hélice como a partir da
estrutura de folhas pregueadas b, ou
de uma combinação de ambas.
Estrutura
quaternária: é a associação de várias cadeias polipeptídicas, como ocorre, por
exemplo, com a hemoglobina, que consiste na união de 4 cadeias polipeptídicas:alfa
1, alfa 2, beta 1, beta 2.
4. Enzimas
São
biocatalisadores que diminuem a energia de ativação e aumentam a velocidade das reações químicas celulares;
As enzimas têm uma extraordinária
força catalítica com alto grau de especificidade por seus substratos,
acelerando as reações químicas e funcionam em soluções aquosas diluídas em
condições muito específicas de temperatura e pH.
Entre as várias enzimas que
participam do metabolismo, há as enzimas regulatórias que percebem sinais
metabólicos e modificam sua velocidade catalítica para harmonia do meio.
As enzimas (E) são proteínas com um ou mais lugares
denominados sítios ativos, aos quais se une o substrato (substância sobre a
qual a enzima atua). O substrato é quimicamente modificado e convertido em um
ou mais produtos (P). Esta reação é em geral reversível, e pode ser
representada da seguinte maneira:
E + S Û [ES] Û E + P
Onde
[ES] é complexo enzima-substrato intermediário. Aceleram a reação até
alcançarem um equilíbrio.
Na
célula também existem moléculas não protéicas que possuem atividade enzimática.
Tais moléculas são as ribozimas, as
quais, na realidade, são ácidos ribonucléicos.
As enzimas presentes no interior das
células podem atuar de forma livre no citosol; porém, em outros casos as
enzimas podem participar de uma cadeia de reações químicas, estando unidas
entre si, como um complexo
multienzimático. Exemplo: sete enzimas que sintetizam os ácidos graxos.
A célula viva raramente gasta
energia na síntese ou degradação de material desnecessário. As milhares de
reações químicas que ocorrem no interior da célula devem, portanto, ser
rigorosamente controladas. A atividade enzimática é regulada através de dois
mecanismos principais: controle genético
e controle catalítico.
As enzimas possuem padrões de
distribuição bastante específicos. Por exemplo, algumas enzimas hidrolíticas se
localizam nos lisossomas, outras enzimas se encontram nas cisternas do complexo
de Golgi, e outras, como as RNAs polimerases e as DNAs polimerases, estão
localizadas no núcleo.
5. Ácidos nucléicos
São
polímeros formados por unidades menores (monômeros) denominados nucleotídeos;
São
encontrados no citoplasma, mitocôndrias, cloroplastos e núcleo;
Funções: controle
da síntese de proteínas; transmissão das informações genéticas dos ascendentes
para os descendentes.
Curiosidade
Cada nucleotídeo é formado por um radical fosfato (ácido ortofosfórico), um monossacarídeo do tipo pentose (ribose ou desoxirribose) e uma base nitrogenada que pode ser do tipo púrica (adenina, guanina) ou pirimídica (citosina, timina e uracila).
Tipos:
RNA
(ácido ribonucléico)
DNA
(ácido desoxirribonucléico)
DNA:
1953, os cientistas
Watson; Crick e Wilkins elaboraram o modelo estrutural da molécula de DNA;
A molécula é constituída por dois filamentos
polinucleotídicos paralelos, unidos e espiralizados em torno de um mesmo eixo
imaginário;
Cada filamento é formado por uma seqüência de
nucleotídeos unidos entre si por pontes de hidrogênio entre as bases
nitrogenadas púricas e pirimídicas;
As bases formam pares definidos (adenina +
timina, guanina + citosina);
Tem a desoxirribose como pentose (5 carbonos)
e a timina como base nitrogenada exclusiva;
É componente da cromatina / cromossomos;
É responsável pelas informações genéticas que
estão contidas na seqüência de combinações das bases nitrogenadas nos seus
nucleotídeos;
O número de nucleotídeos em um DNA é variável. Ex:
vírus simples (cinco mil), células de seres mais complexos (centenas de
milhares);
Esse número elevado permite uma grande
variação e combinações contribuindo com a biodiversidade;
Os organismos diferem um do outro porque as
suas respectivas moléculas de DNA têm diferentes seqüências de nucleotídeos e,
consequentemente, carregam diferentes mensagens biológicas.
O conjunto completo de informações do DNA de
um organismo é chamado genoma (o
termo é também usado para se referir ao DNA que carrega essa informação)
A quantidade total dessa informação é
espantosa: uma célula humana típica contém 1 metro de DNA (3 x 109
nucleotídeos)
RNA:
Tem a ribose como pentose, e a uracila como
base nitrogenada exclusiva;
É constituído por um filamento polinucleotídico;
É sintetizado a partir do DNA, por um
processo denominado transcrição.
Tem como função produzir proteína
Encontrado: citoplasma, núcleo e nucléolo;
Tipos:
RNAm (mensageiro):
representa cerca de 10% do total de RNA celular. Possuem a função de copiar
genes que orientam a formação de peptídeos e proteínas que, por sua vez,
originarão as características genéticas. Esse trabalho de copiar o gene,
chamado transcrição, ocorre no DNA. Depois de pronto, o RNAm se dirige aos
ribossomos, que farão a leitura para conhecer a fórmula da proteína codificada
pelo gene.
RNAt (transportador):
auxilia no processo de fabricação das proteínas que ocorre nos ribossomos, os
quais estão situados no citoplasma de todas as células. Seu trabalho consiste
em transportar para os ribossomos os aminoácidos necessários à síntese dessas
proteínas. Também são cópias de determinados segmentos de DNA (genes).
RNAr (ribossômico):
sua função está ligada à formação dos ribossomos em associação com algumas
proteínas.
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